Perguntas que os cientistas não conseguem responder

1. Como surgiu o Universo?


Como poderiamos responder a esta pergunta? Se concordarmos com os cientistas, diríamos que o cosmo foi criado a partir de uma grande explosão, que deu origem a tudo. É isso que diz a teoria do Big Bang. Apesar de ser a teoria mais aceite pela ciência, o Big Bang nunca foi comprovado e talvez nunca seja. E, o conceito base de praticamente todas as religiões é que o mundo foi criado por uma entidade suprema. Mas, o que existia antes do Big Bang? Na opinião do astrofísico Marcelo Gleiser, autor do livro "A Dança do Universo", antes do Big Bang não havia nada. "Não existia um antes. Esse tipo de pergunta nasce do preconceito comum de querer encontrar um evento anterior a tudo. O tempo simplesmente não existia. Ele surgiu com a criação", diz Gleiser. "A verdade é que, no que se refere à descrição dos fenómenos do início do Universo, ainda não há uma teoria que possa ser dada como certa e definitiva", afirma José Ademir Sales de Lima, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo.

2. Quanto usamos do nosso cérebro?


Será que podemos alcançar 100% do potencial de nosso cérebro? Durante um bom tempo acreditava-se que usávamos apenas 10% da capacidade cerebral. O facto é que, até hoje, a ciência não sabe precisamente quanto utilizamos de nosso potencial cerebral. "Embora existam especulações sobre o assunto, já sabemos, graças ao estudo de imagens funcionais do órgão, que nos valemos de todas as suas áreas, de maneiras diferentes. Mas o percentual que utilizamos ainda é uma incógnita", afirma a neurocientista Suzana Herculano-Houzel.

3. A alma existe?


Em 1907, o médico americano Duncan MacDougall dedicou-se a comprovar a existência da alma. Com base em experimentos, ele chegou a afirmar que a alma não apenas existe como também tem peso específico. A sua teoria diz que todo o ser humano, não importa o tamanho ou a idade, perde exactamente 21 gramas no momento exacto da morte. Para MacDougall, seria esse, portanto, o peso da alma. Pessoas que passam por Experiências de Quase Morte (EQM), tem a sua alma projectada para fora do corpo, quando vive um trauma de quase morte. Algumas pessoas chamam de alma, outras de consciência. Independente da nomenclatura, trata-se de algo inexplicável e que gera embates. "Não temos uma definição precisa do que vem a ser a alma. Mas pelas pesquisas realizadas, entendemos que ela não é o cérebro nem um tipo de energia conhecida pela física, o que torna sua busca um desafio maior para a ciência", afirma Marcelo Silva, coordenador do Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia.

4. É possível viajar no tempo?

 

"Nunca pense no futuro. Ele chega rápido demais." Quando disse a frase, o físico alemão Albert Einstein provavelmente não fazia uma alusão à possibilidade de viajar no tempo. No entanto, todas as hipóteses formuladas actualmente sobre o tema sustentam-se na Teoria da Relatividade, formulada por ele em 1905. Segundo tal teoria, o tempo passa mais devagar à medida que um objecto se aproxima da velocidade da luz (cerca de 300 mil km/s). "Isto significa que, se passarmos um ano viajando pelo espaço a uma velocidade muito próxima à da luz, quando voltarmos à Terra terão se passado 100 anos aqui", diz o astrofísico Richard Gott, da Universidade de Princeton, nos EUA. "A viagem para o passado não existe. A idéia viola o princípio da casualidade, que entende que toda série de eventos depende de uma ordem de causa e consequência", diz o astrofísico Marcelo Gleiser.

5. O que define a nossa sexualidade?

"Nasci Gay", afirma o estilista Isaac Ludovic, 22 anos. Ele lembra-se da sua infância em Barreiras, interior da Bahia, e diz que já naquela fase era convicto de que pertencia ao universo feminino. "A minha diversão era vestir-me de menina e brincar com bonecas." Já o namorado de Isaac, que prefere não ser identificado, a história foi diferente. Já havia passado a infância e a adolescência quando ele descobriu que era homossexual. De acordo com a neurocientista Suzana Herculano-Houzel, "o interesse sexual é definido biologicamente no início da gestação e não há nada que se possa fazer." Mas e o caso do namorado de Isaac que até os 22 anos pensava ser heterossexual? Para o psicólogo Oswaldo Rodrigues Júnior, do Instituto Paulista de Sexualidade, o indivíduo não nasce com a sexualidade definida e pode mudar de orientação.

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